A pesquisa realizada pela CIM – Centro de Inteligência de Mercado da faculdade de negócios, Strong Business School, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Santo André (ACISA), estima que os consumidores do Grande ABC movimentem aproximadamente R$ 473 milhões em compras de presentes, representando crescimento de cerca de 5% frente ao Natal de 2024.
Os questionários foram aplicados entre os dias 3 de novembro e 7 de dezembro, com 748 consumidores distribuídos pelas sete cidades da região, revelando crescimento na intenção de consumo, aumento no valor médio gasto e maior disposição para presentear familiares e amigos.
O levantamento ajuda a entender o comportamento de compra no Natal, beneficiando o comércio e também o consumidor, que tende a encontrar ofertas, canais de compra e serviços mais ajustados às suas necessidades, garante o coordenador da pesquisa, Sandro Maskio, professor de economia da Strong Business School.
As mulheres representam mais de 60% dos consumidores entrevistados. Entre os achados, elas pretendem pagar um preço médio 24% menor que os homens e planejam um gasto total com presentes 18% inferior ao público masculino.
Em relação à renda, 41,7% dos entrevistados têm ganhos familiares entre 2 e 5 salários-mínimos, 24,8% entre 5 e 10 salários-mínimos, e 16,6% possuem renda superior a 10 salários-mínimos.
Os consumidores pretendem gastar em média R$ 730 com presentes neste Natal, valor cerca de 11% maior que em 2024, já considerando a inflação acumulada.
O preço médio por presente deverá ser de R$ 256, também com acréscimo nominal de cerca de 11% frente a 2024. Entre as faixas de valor, 3,5% pagarão até R$ 100, 11,6% entre R$ 100 e R$ 200, enquanto 70% comprarão itens acima de R$ 200. Já 20% dos entrevistados afirmaram que não vão presentear ninguém esse ano.
As principais pessoas a serem presenteadas são mães, filhos, cônjuges, pais e irmãos, representando 60% do total de presentados na região. Os sobrinhos aparecem como o grupo com maior crescimento relativo.
O número médio de presenteados será de 2,6 pessoas por família, ligeiramente inferior ao observado em 2024.
Os produtos com maior probabilidade de compra neste Natal são o vestuário e os calçados 26,5%, seguidos por brinquedos 17%, perfumes e cosméticos 15%. O grupo formado por maquiagem, relógios, joias e bijuterias, além de livros e artigos esportivos, completa o conjunto de itens que deve responder por cerca de 80% dos presentes adquiridos no Natal na região.
Esse ano, as compras pela internet devem ser o principal canal para compra de Natal, superando os shoppings, que eram líderes em 2024. O comércio de rua também apresentou leve crescimento na preferência. Consumidores que optam por shopping ou internet tendem a pagar preços mais elevados e a gastar mais com presentes.
A pesquisa ainda revela que 52% dos consumidores comprarão no próprio município, sobretudo pela conveniência. Quem compra fora da cidade busca principalmente melhores preços ou mais opções de lojas.
O cartão de crédito parcelado será a principal modalidade de pagamento, à frente do crédito à vista, de débito em seguida as pessoas devem pagar por pix. Consumidores que parcelam tendem a gastar mais com presentes.
No cenário nacional, a Confederação Nacional do Comércio projeta R$ 72,71 bilhões em vendas no varejo neste Natal, 2,1% acima de 2024, o maior patamar dos últimos dez anos, reforçando o ambiente favorável para o consumo.
Para o professor Sandro Maskio da Strong Business School, “A projeção nacional da CNC indica um Natal mais dinâmico para o varejo, e o ABC tende a acompanhar com bons resultados. A região tem forte cultura de consumo local, infraestrutura comercial diversificada e boa capacidade de absorver demanda. Isso beneficia não apenas o setor varejista, mas toda a cadeia de serviços e atendimento, ampliando o potencial econômico da data.”
