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ACISA Podcast – Importância de um estudo de Viabilidade Econômica

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Viabilidade Econômica Financeira:

Iniciar um novo projeto ou negócio envolve diversas variáveis e riscos. Nesse sentido, é de extrema importância que seja feito um estudo para entender melhor o contexto em que o investimento estará envolvido, entendendo a Viabilidade Econômica. Quanto mais dados forem levantados, menores serão os gastos desnecessários de recursos e tempo.

O estudo de viabilidade econômica e financeira, portanto, é uma maneira de constatar se realmente vale a pena aportar tempo e energia em um determinado investimento. A partir deste estudo, é possível traçar planos de ações baseados em dados para tomada de decisões mais assertivas.

Levantando dados e criando projeções:

O primeiro passo para um estudo de viabilidade econômica financeira é o levantamento dos possíveis gastos que irão impactar o projeto. Nesse sentido, é de extrema importância estudar esses gastos e separá-los em categorias para um entendimento completo do cenário. É possível separar os gastos nas seguintes categorias:

  • Custos: São considerados custos, os gastos relacionados diretamente à produção.
  • Custos Fixos: São os gastos relacionados à produção porém que não variam conforme a variação da produção, como por exemplo: aluguel, limpeza e segurança.
  • Custos Variáveis: São gastos relacionados à produção porém que variam conforme a produção, como por exemplo: matéria prima e embalagens.
  • Despesas: São considerados despesas os gastos que não estão diretamente relacionados à produção, como por exemplo: salário de colaboradores e investimentos no marketing.

Após o levantamento e segmentação de todos esses dados, é possível então traçar as necessidades financeiras que o projeto vai demandar.

Em seguida, vem a etapa de projeção de receitas. Nessa etapa, é necessário possuir um bom entendimento do nicho em que o projeto estará inserido, assim, é possível utilizar dados quantitativos em conjunto com dados qualitativos a fim de aproximar o máximo a previsão da possível realidade futura.

Como ferramenta  nessa etapa pode-se utilizar bancos de dados com séries históricas do comportamento de determinado setor da economia e de determinado público específico, bem como utilizar métodos de análise como a análise P.E.S.T.A.L, que avalia o contexto político, econômico, social, tecnológico, ambiental e legal do projeto. 

Com a projeção de gastos e de receitas elaborada para um período de tempo futuro, fica então viável realizar a projeção de fluxo de caixa futuro. Nessa etapa da viabilidade é feito a diferença das projeções  de gastos e das receitas.

Dado a imprevisibilidade do futuro, é de suma importância, portanto, traçar possíveis cenários que façam sentido  para diferentes realidades. Para uma análise mais coerente traçam-se 3 cenários: pessimista, onde é projetado um aumento nos gastos e uma diminuição das receitas no período das projeções; neutro, onde os parâmetros de receita e gastos não são alterados além do previsto nas projeções feitas; otimista, onde é projetado uma diminuição dos gastos bem como um aumento nas receitas.

 

Analisando os dados obtidos:

Dados sem uma análise adequada não tem valor algum, são apenas mais informações dentro do mar de conhecimento. Sendo assim, com os dados levantados é importante se atentar e calcular  indicadores para obter um prisma holístico da situação.

Alguns dos indicadores que podemos utilizar para gerar uma análise precisa são:

Ponto de equilíbrio contábil (PEC) ou Break-Even:

É o momento em que o projeto consegue se sustentar apenas com suas próprias receitas, ou seja, os gastos se igualam às receitas. É a partir desse ponto em que ele começa a gerar lucro.

 

Payback:

É o tempo que levará para que o capital investido retorne ao investidor, ou seja, é o momento em que o rendimento acumulado se iguala ao investimento inicial.

Valor presente líquido (VPL):

O VPL é um método onde o investimento inicial somado a todos os fluxos de caixa futuros de um projeto são trazidos para a data atual (valor presente) utilizando uma taxa de desconto.

Rentabilidade:

É o quanto o projeto retorna em um determinado tempo em relação ao que foi investido inicialmente.

Taxa livre de risco:

É a taxa de rentabilidade que possui o menor risco oferecido pelo mercado. Essa taxa pode ser utilizada para comparar com a rentabilidade do projeto. Dependendo do contexto, um exemplo de taxa livre de risco pode até ser considerada a taxa selic do tesouro direto.

Além dos indicadores, para compreender a questão do risco do projeto é possível ainda por meio de ferramentas como a Análise de Porter – análise onde se estuda o poder de negociação com fornecedores, com clientes, ameaça de substitutos, ameaça de novos entrantes e rivalidade entre os concorrentes – entender a hostilidade do contexto mercadológico em que o projeto está inserido. 

 

Concluindo

Após o levantamento, projeção, cálculo e comparação de indicadores bem como a utilização das ferramentas mais assertivas para a situação de estudo, é possível entender de maneira assertiva se um projeto, negócio ou investimento realmente vale a pena com embasamento.

Este conteúdo foi realizado em parceria com a UFABC Junior.