Uma das principais ferramentas para buscar inovação nas empresas que temos hoje é o design thinking, uma metodologia que parte do pensamento criativo que os designers usam para desenvolver projetos e aplicam-na para o desenvolvimento de novas ideias de produtos e serviços que estejam alinhadas com necessidades reais de pessoas reais.
Pesquisando nas principais referências que falam sobre design thinking, encontramos as seis etapas básicas para tirar as ideias do papel por meio dessa metodologia. São elas:
- Empatia
- Definição
- Ideação
- Prototipação
- Teste
- Implementação
Vamos conhecer melhor cada uma dessas fases, entendendo seus objetivos.
Etapa 1 – Empatia: Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro para compreender seus problemas, necessidades e expectativas. No momento de buscar inovação na sua empresa, você precisa saber muito bem como o seu cliente é para que possa oferecer produtos e serviços que estejam alinhados como que ele espera e precisa.
Por isso, a empatia é a primeira etapa do design thinking, onde o objetivo é observar o consumidor e identificar as oportunidades que podem surgir a partir dos problemas que eles ainda não têm uma solução.
Para colocar esta etapa em prática, você precisa descobrir quem são as pessoas que você pretende atender. Para isso, é importante buscar todas as informações que estiverem ao seu alcance sobre seus atuais e/ou possíveis clientes. Faça um mapeamento de todo o cenário em que seu cliente está inserido. Tente observar atitudes e reúna o máximo de informações possíveis, por meio de entrevistas e observações.
A partir dessas informações coletadas, você vai ter uma coleção de dados que vão te dar muitas ideias e possibilidades. Então é hora de definir o que vai ser o foco, para que as coisas comecem a tomar um rumo mais específico.
Etapa 2 – Definição: A segunda etapa do design thinking serve para estabelecer o foco do seu projeto, para que as soluções a serem geradas busquem um objetivo claro. É hora de pegar todas as oportunidades identificadas na primeira fase e selecionar o problema chave para o qual você irá buscar a solução.
Para fazer a definição, é preciso considerar ponto de vista do cliente. Comece destacando os problemas mais importantes. Tenha em mente que nesta hora ainda não estamos falando de soluções e sim de problemas. Quanto mais claro estiver o problema, mais objetiva será a solução.
Etapa 3 – Ideação: Agora é a hora de colocar a cabeça para ter ideias! A etapa de ideação é quando começamos efetivamente a geração de alternativas. Ou seja, primeiro definimos e entendemos o nosso cliente, depois escolhemos o problema ao qual vamos oferecer uma solução inovadora e só agora começamos a gerar ideias. Dessa forma, conseguimos aproveitar melhor o nosso tempo, focando a geração de ideias com um objetivo claro em mente.
Uma coisa muito útil de se fazer neste momento é um brainstorming, aquela reunião de geração de ideias. Reúna a equipe, faça perguntas, anote tudo. Incentive os participantes a desenvolver cada vez mais as ideias, misturando e complementando tudo o que aparecer de alternativa.
Ah, importante: o momento do brainstorming não é hora de cortar as ideias e sim de incentivá-las. Tome esse cuidado com a sua equipe. Depois do brainstorming, aí sim: selecionem as três ideias mais promissoras para passar para a próxima etapa.
Etapa 4 – Prototipação: A quarta etapa é o momento de tornar as ideias palpáveis, para que possam ser testadas na fase seguinte. Quero que uma coisa fique bem clara para você sobre a fase de prototipação: um protótipo não é seu produto final e sim um meio para que você aprenda mais sobre o seu produto.
É por meio do protótipo que você vai fazer todos os ajustes necessários antes de produzir em grande escala. Então não precisa ficar desesperado achando que seu protótipo está “feio” ou “incompleto”. É melhor estar assim na fase de testes do que chegar assim ao mercado, onde não tem volta, não é mesmo?
Pensando no objetivo do protótipo (tornar a ideia “testável”) o melhor protótipo que você pode criar é aquele em que se investe menor tempo e dinheiro para gerar o máximo de aprendizado possível.
Etapa 5 – Teste: Com o protótipo em mãos, é hora de testar! O teste é o ponto chave do design thinking, que é quando você vai entregar o seu produto para um possível cliente, para que use e forneça suas impressões.
Nessa fase você vai apresentar o protótipo aos clientes, que podem ser aqueles que você entrevistou na fase de Empatia ou algum outro que tenha o mesmo perfil. Observe como eles farão o uso do produto e anote todas as suas observações e opiniões do cliente que surgirem.
Lembre-se de sempre perguntar o porquê de cada comentário, para que as motivações fiquem claras e te ajudem a aprender ainda mais. A partir do aprendizado gerado nesta fase, são feitos os ajustes para colocar o produto no mercado.
Etapa 6 – Implementação: A última etapa do design thinking nada mais é do que colocar em prática o produto final. É a fase mais difícil, pois muitos processos novos serão iniciados e a sua empresa precisa estar preparada para isso.
Infelizmente nesta fase é onde a maioria dos projetos falham. Então, quando for começar projetos de inovação na sua empresa, já tenha isso em mente e prepare a sua equipe para desenvolver da melhor maneira possível, completando todas as etapas e alcançando seu objetivo de inovação.
Este conteúdo foi produzido por Diego Carmona.com.br