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ACISA Podcast – Como ter um Bom Controle Financeiro

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A importância do Controle Financeiro:

O lucro e os gastos são duas das coisas mais importantes para se avaliar em uma empresa, tanto para procurar onde cortar os gastos como também para compreender o processo de geração de lucro para criação de um novo negócio. Entretanto, no dia a dia das corporações acaba sendo complexo o acompanhamento de todas as transações. Para sua empresa se destacar frente a concorrência e manter uma boa saúde financeira é de extrema importância que haja um bom controle financeiro e que os gestores consigam visualizar facilmente quanto é gerado de lucro e para onde vão os gastos da companhia.

Nesse sentido, os demonstrativos financeiros são instrumentos utilizados para facilitar o controle das finanças e auxiliar na visualização de como funcionam as operações das empresas. Dentre os demonstrativos podemos separar os três principais: o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), o Balanço Patrimonial (BP) e o Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC).

DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício

O DRE tende a ser o documento que apresenta maior relevância pois evidencia como a receita gerada pela empresa se transforma em lucro.

Esse demonstrativo é estruturado a partir do regime de competência. Dessa forma as receitas são computadas no período de exercício que se efetuou a venda, e não necessariamente quando houve entrada de capital no caixa.

Vale destacar também a diferença entre gastos, custos e despesas. Gastos são todas as subtrações que ocorrem no caixa da empresa, enquanto custos se referem a linha produtiva, ou seja, a gastos relacionados com a produção ou confecção do produto. Finalmente, as despesas representam então os gastos que não são referentes diretamente à linha de produção, como despesas com campanhas de marketing e o pagamento de funcionários.

Existem ainda duas terminologias usadas para estudar o DRE:

Top Line” e “Bottom Line”.

Uma visão do “Top Line”: Geralmente é usado para se referir às primeiras linhas do demonstrativo, ou seja, quanto a empresa está conseguindo arrecadar de dinheiro. Normalmente uma análise do “Top Line” contempla a receita e até o lucro bruto e é muito usada para análise de empresas que estão em crescimento.

Uma visão do “Bottom Line”: Contempla principalmente o Lucro Líquido. Essa lente de análise é mais comumente aplicada para analisar empresas já estruturadas em que o foco é manter ou aumentar o seu lucro. Entretanto, nenhuma das duas regiões do DRE são excludentes, é sempre necessário compreender de maneira holística a empresa e seus resultados.

Com a leitura desse demonstrativo é possível constatar quanto a empresa gerou de lucro diante dos produtos ou serviços vendidos em determinado período de tempo – desconsiderando o tempo para essa receita entrar no caixa – além de constatar como os gastos impactam na receita. Todos esses dados permitem ainda criar indicadores importantes para um gestor.

BP – Balanço Patrimonial

O Balanço patrimonial, pode ser comparada a uma foto. Traz um panorama geral de tudo o que a empresa possui no último dia do exercício. É basicamente estruturado em três grandes divisões: Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido.

Ativos: São todos os bens e direitos que a companhia possui, como caixa e contas a receber, por exemplo. Dentro ainda do ativo é possível separar os ativos quanto a sua liquidez, ou seja, quanto a sua capacidade em se transformar em dinheiro. Existem os ativos circulantes, têm a possibilidade de se transformar em capital no período menor do que um ano, e existem os ativos não circulantes, com menor liquidez e uma possibilidade de se transformar em capital no período maior de um ano.

Passivos: são obrigações e deveres contra terceiros, como contas a pagar para fornecedores e dívidas, por exemplo. De maneira semelhante ao ativo, existem ainda o passivo circulante e o passivo não circulante. Circulante se referindo a prazos de vencimento inferiores a um ano e não circulante referentes a prazos maiores de um ano.

Patrimônio líquido: É a diferença entre os ativos e os passivos (Ativos – Passivos). Dentro dessa categoria ainda temos o capital social, quanto que foi aportado na empresa pelos sócios, e ainda há a reserva de lucros, quanto que foi retirado dos lucros e transformado ou não em investimentos.

O Balanço patrimonial evidencia principalmente a saúde financeira da empresa, mostrando quanto que os sócios possuem e quanto há de obrigações contra terceiros. É necessário sempre manter uma boa saúde do financeiro para que as dívidas se mantenham controladas.

DFC – Demonstração de Fluxo de Caixa

A Demonstração de Fluxo de Caixa pode ser segmentada em três categorias: Fluxo de Caixa de Operações, Fluxo de Caixa de Investimentos e Fluxo de Caixa de Financiamentos.

O Fluxo de Caixa de Operações ou FCO: Refere-se a todo dinheiro que movimenta o caixa relacionado às operações da empresa. Ou seja, dinheiro proveniente da venda de produtos e/ou serviços, assim como pelo pagamento de custos e despesas relacionados à operação.

O Fluxo de Caixa de Investimentos ou FCI: Refere-se a todo dinheiro que movimenta o caixa relacionado à aquisição ou venda de ativos não circulantes como imóveis, softwares e equipamentos, por exemplo.

O Fluxo de Caixa de Financiamentos ou FCF: Refere-se a todo dinheiro que movimenta o caixa relacionado a operações do financeiro como juros recebidos, caixa proveniente de emissão de ações, dividendos e amortizações de dívidas, por exemplo.

Concluindo

Os demonstrativos financeiros representam ferramentas de controle e gerenciamento vital para qualquer negócio e cada um apresenta sua peculiaridade e seus pontos principais.

Faz se necessário que haja um bom controle de toda a operação para compreender como computar todas as informações necessárias para elaboração de todos esses documentos.

Este foi mais um conteúdo realizado em parceria com a UFABC Junior.